O tema central da 58ª Assembleia Geral diz respeito ao Pilar da Palavra proposto pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023). Mesmo sem a possibilidade de votação de um documento, será debatido o tema “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias” e também diversos outros assuntos relacionados à atuação da Igreja Católica no Brasil.
A realização da Assembleia foi cancelada em 2020 por conta da pandemia e das dificuldades com os recursos virtuais. Com a aprovação unânime do Conselho Permanente, em 2021, a CNBB optou por fazer a reunião do episcopado de forma on-line após a aquisição das condições técnicas e da experiência em organização de eventos no formato remoto.
Dom Francisco Cota, bispo diocesano de Sete Lagoas, tem participado ativamente desde a abertura da Assembleia.
Segundo ele, “o formato remoto dificulta o encontro e o calor humano, porém não deixa de promover o aprendizado e a comunhão com os irmãos no episcopado”.
Foram discutidos dentre outros assuntos, até hoje (14/04), os seguintes destaques:
Na programação da segunda, 12 de abril, os bispos tiveram um momento com o núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, que participa de sua primeira assembleia.
Também foram apresentados o relatório bienal 2019-2020, a mensagem do papa Francisco à assembleia e aos bispos do Brasil e o relatório econômico, além do tema central do encontro: “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias”.
Na terça-feira, 13 de abril, o Fundo Nacional da Solidariedade (FNS) foi um dos assuntos da pauta da 58ª Assembleia Geral da CNBB. O bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, fez uma prestação de contas aos bispos quanto ao montante arrecadado até o momento, fruto da coleta realizada pela Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2021.
A administração desses recursos para aplicação em projetos sociais é o desafio a partir de agora, que se torna mais exigente quando a Campanha da Fraternidade é Ecumênica. Dom Joel explicou aos bispos que neste ano para gerir esses recursos foi constituído um Conselho Gestor Especial, composto por três membros da CNBB e três membros do CONIC, que será coordenado por ele.
Foi apresentado também as indicações para a Campanha da Fraternidade 2022: promover o diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã. Este é um dos objetivos da CF, que terá como tema “Fraternidade e Educação” e como lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26). O caminho de construção da CF 2022 tem como uma das motivações a celebração dos 40 anos da Pastoral da Educação no Brasil, e o texto-base que segue em elaboração.
Nesta quarta-feira, 14, várias partilhas e debates foram feitos na perspectiva da colegialidade episcopal. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, motivou a participação e colaboração dos bispos na Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe apresentada pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) na tarde de ontem, e que será realiza em novembro deste ano.
Os bispos também trataram do processo de construção do novo estatuto da CNBB, ressaltando a atuação do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ).
A Comissão para a Liturgia ainda colocou em votação algumas consultas à Assembleia referentes à inclusão ou alteração de datas de celebrações dos santos no calendário litúrgico do Brasil.
Foi realizada também uma avaliação sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021. Os bispos apontaram inconsistências no texto-base, reagiram às polêmicas e ataques, e pontuaram suas considerações em relação ao processo de construção e também ao conteúdo do material proposto, com forte valorização da Campanha da Fraternidade como uma riqueza da Igreja no Brasil.
Um dos pontos de destaque do dia foi que o episcopado reunido na 58ª Assembleia Geral da CNBB, retificou a criação do regional Leste 3, composto pelas Igrejas Particulares do Estado do Espírito Santo: a arquidiocese de Vitória e as dioceses de Cachoeiro do Itapemirim, Colatina e São Mateus. Entre as oportunidades e forças vislumbradas com a criação do novo regional, o projeto aponta ainda o favorecimento para a criação de novas dioceses, a otimização das formações com o encurtamento de distâncias, melhor organização entre as coordenações de pastorais e movimento, a redução de custos etc.
Acompanhe a cobertura completa: https://www.cnbb.org.br/tag/58a-ag-cnbb/
Por Ascom
Foto interna e fonte: cnbb.org.br