O Grito dos Excluídos é uma manifestação plural, aberta a todos e todas que são excluídos, discriminados e marginalizados. Completando em 2024, 30 anos de luta no Brasil, o Grito é aberto ao diálogo com todos e todas e tem como natureza a acolhida, é apartidário tendo em sua composição os movimentos sociais que verdadeiramente se preocupam com o outro. São todos e todas que estão à margem da sociedade, pessoas em situação de rua, pobres, sem teto, sem terras, quilombolas, indígenas. Não podemos esquecer das pessoas idosas, daqueles e daquelas que não tem acesso ao ensino, à educação, de todas os excluídos e excluídas devido a sua cor, raça, gênero, deficiência, etnia, orientação sexual, religião etc.! E eles e elas estão mais próximos de nós do que imaginamos, não se faz necessário recorrer a índices estatísticos, basta abrirmos os nossos olhos e os nossos ouvidos para vermos e escutarmos os seus gritos …. estão nas áreas rurais, nas áreas urbanas, nas nossas ruas, nos nossos bairros, na nossa cidade, na nossa região, no território da nossa diocese … “Todas as formas de vida importam. Será que importam mesmo? “Mas, quem se importa?”. Não seria isso apenas mais um discurso eloquente e vazio? É preciso sermos menos moderados no discurso e mais radicais na ação dir-nos-ia Dom Luciano Mendes! Foram 30 anos até aqui, três décadas de muitas lutas, várias batalhas e algumas conquistas é verdade, mas muito ainda há que ser feito, pois vivemos um clima antissocial, de desmonte de ações solidárias e políticas públicas, violação de direitos humanos, “graves violações da dignidade humana” (Papa Francisco Encíclica Dignitas infinita).Por isso faz-se urgente agir, faz-se urgente gritar, “manter acesa a chama da esperança que nos foi dada e lutar para que todos, todas, cada um e cada uma possa recuperar a força e a certeza de olhar para o futuro com espírito aberto e coração confiante…”(Papa Francisco) em busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
Confira também a entrevista de Padre Warlem sobre o “Grito dos Excluídos”