O Grito dos Excluídos e Excluídas é um movimento plural, aberto a todos os excluídos, discriminados e marginalizados. Em 2025, o Grito dos Excluídos e Excluídas completa 31 anos de luta no Brasil. Aberto ao diálogo com todos e todas, sua natureza é a acolhida. Ele abarca todos os que se encontram à margem da sociedade: indígenas, quilombolas, sem-terra, empobrecidos e pessoas em situação de rua. Não esquecendo dos idosos, dos que não têm acesso ao ensino e à educação, e dos excluídos e excluídas devido à sua cor, raça, gênero, deficiência, etnia, orientação sexual, religião, entre outros.
Não se faz necessário recorrer a índices estatísticos; basta abrirmos os nossos olhos e os nossos ouvidos para vermos e escutarmos os seus gritos: nas áreas rurais, nas nossas ruas, nos nossos bairros, na nossa cidade, na nossa região, no território da nossa diocese. “Cuidar da casa comum e da democracia é luta de todo dia!” Esse é o Grito de 2025, que, juntamente com o Plebiscito Popular, quer difundir o cuidado com a vida em todas as suas formas, com a preservação do meio ambiente, na busca do “bem viver” justo e digno, por um legado positivo a ser deixado para as futuras gerações.
É urgente a defesa da democracia, ameaçada por radicalismos, fundamentalismos, extremismos e por relações tóxicas e envenenadas que se infiltram nos mais variados relacionamentos, ambientes e instâncias. É preciso lutar pela garantia dos direitos humanos inegociáveis, tais como o trabalho, a justiça e a dignidade, portas vitais para abrir outras vias de acesso ao bem-estar da população, com primazia pelos pobres, excluídos e vulneráveis. “É graça divina começar bem. Graça maior é persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca”, uma exortação de Dom Hélder Câmara que ainda ecoa em nossos ouvidos.
Por isso, faz-se urgente agir, faz-se urgente gritar, continuar gritando. Papa Francisco, ao comunicar o Jubileu da Esperança, exortou: “manter acesa a chama da esperança que nos foi dada e lutar para que todos e todas possam recuperar a força e a certeza do olhar para o futuro com espírito aberto e coração confiante…” em busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
Comissão Promoção Humana e Ecologia Integral – Diocese de Sete Lagoas / MG
