Nessa quarta-feira, dia 05 de março, na Capela do Colégio Franciscano Regina Pacis, com a presença de padres, seminaristas, agentes de pastorais, coordenadores diocesano e autoridades o bispo diocesano, Dom Francisco Cota, em comunhão com toda a Igreja no Brasil, comunicou a abertura oficial da Campanha da Fraternidade na Diocese de Sete Lagoas.
Neste ano, a Campanha traz como inspiração o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema é “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31), um convite a refletirmos sobre o cuidado da Casa Comum, em um momento de grave crise climática.
O vídeo de abertura foi uma homenagem à comemoração dos 800 anos do Cântico das Criaturas, escrito por São Francisco de Assis, em 1225, e apresentou a perspectiva da proposta da manhã: despertar a todos para a valorização da beleza e veneração da criação de Deus colocada aos cuidados do ser humano.
Assista ao Clip “Cântico das Criaturas”
A oração da Campanha da Fraternidade admoestou as súplicas ao Pai do Céu, pela consciência e a necessidade da conversão ecológica, tão dispersa nos dias de hoje. O hino oportunizou, em suas estrofes, a versatilidade da criação e o compromisso de cada um quanto ao cuidado de tudo que o próprio Deus consagrou como “muito bom”.

Padre Willian, coordenador diocesano de pastoral, acolheu a todos os presentes e suscitou na leitura do cartaz a tradução dos seus dizeres, a partir da sua compreensão quanto ao cuidado, preservação e integração dos ecossistemas.
Dom Francisco Cota, em sua fala inicial, comunicou que a Campanha da Fraternidade está associada à liturgia da “Quarta-feira de Cinzas”, na dimensão celebrativa dos apelos à conversão da vivência quaresmal. Completou ainda sobre a grave ferida aberta na criação de Deus, pelas atitudes desenfreadas da ganância em busca do conforto humano, que hostiliza todo o meio ambiente e põe em perigo a existência em todo o planeta. Citou também o quanto seria benigno se todo o mundo associasse ao tema da CF 2025 no Brasil, na corresponsabilidade do cuidado da nossa Casa Comum.
O seminarista e futuro diácono, Bruno Matias, explanou de forma muito concisa sobre o “ver” e “ouvir” proposto pela Campanha deste ano. Partindo dos 800 anos do Cântico das Criaturas e também dos 10 anos do lançamento da “Laudato Si'” (Louvado Sejas),onde o Papa nos comunicou a integridade humana como parte e guardiã desse planeta.

Falou da urgência da conversão neste tempo propício da Quaresma, quanto à ecologia integral, numa iniciativa de preservação da fauna, da flora e da espécie humana.
A professora Kênia Dias Teixeira, coordenadora do Núcleo Diocesano de Ecologia Integral, suscitou as três dimensões do agir proposto pela CF 2025: o pessoal, o comunitário e o sociopolítico, nas suas particularidades, destacando que “não se trata apenas de uma questão ambiental, mas de um chamado divino ao protagonismo do cuidado”.

Dom Francisco, ao finalizar, reafirmou a necessidade do entendimento do Homem, como parte do ambiente. Mesmo dotado de inteligência, o ser humano precisa perceber que “não pode haver vida humana em um ambiente desintegrado”. Evidenciou também a corresponsabilidade dos órgãos responsáveis diretamente pelos licenciamentos ambientais, em Sete Lagoas e cidades da região, quanto a uma fiscalização, pois a negligência destes órgãos culmina em recorrentes crimes de devastação da nossa fauna e flora.
Em seguida aos agradecimentos, todos os participantes foram convidados a participarem da Missa das Cinzas, na Catedral de Santo Antônio, celebrada pelo bispo diocesano, Dom Francisco Cota, e concelebrada pelos padres: Paulo Renato, Glauco, Evandro, João Batista e Willian, presentes na cerimônia de abertura.
Compreende-se que o planeta clama por cuidado. Somente pelo conhecimento e propósito de mudança imediata das nossas atitudes poderemos salvá-lo e nos salvar. Permitamos então viver essa conversão pela ecologia integral em nome do amor e da esperança proposta pela nos Igreja em 2025.
Veja mais fotos da Cerimônia de Abertura da Campanha da Fraternidade 2025
Veja mais fotos da Celebração Diocesana de Cinzas, presidida pelo Bispo Dom Francisco Cota