Na manhã da última quarta-feira (17), o bispo diocesano, Dom Francisco Cota de Oliveira, realizou a abertura da Campanha da Fraternidade/2021 na Diocese de Sete Lagoas. A cerimônia aconteceu no Salão Pastoral da Catedral de Santo Antônio e, logo após, foi celebrada a tradicional Missa de Cinzas.
A abertura oficial
A Campanha da Fraternidade de 2021 será a 5º Campanha a ser trabalhada na Dimensão Ecumênica. Com sua abertura na entrada do Tempo Quaresmal e sua Coleta marcada para o Domingo de Ramos, 28 de março, os cristãos de todas as denominações são chamados em 2021 a viver e promover a dimensão do diálogo, como método de se derrubar as barreiras da divisão, fortalecendo a unidade.
Neste ano, o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído da carta de São Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 14.
O evento, que aconteceu de forma restrita e contou, além do bispo diocesano, com as presenças do Diácono Amauri Dias de Moura da Arquidiocese de Belo Horizonte e da Pastora Mara Sandra Parlow da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, ambos representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs de Minas Gerais(CONIC-MG). Também estiveram presentes, Pastor Alcides Longo de Barros, fundador da Igreja Batista Central e Presidente da Câmara Municipal de Sete Lagoas, Ighor Augusto da Silva Pereira, representante da Secretaria Municipal de Educação (Sete Lagoas) , além de padres, seminaristas e leigos representantes dos movimentos pastorais diocesanos e de outras confissões cristãs.
Missa com Imposição das Cinzas
Após a abertura, Dom Francisco Cota, celebrou a missa da Quarta-feira de Cinzas na Catedral de Santo Antônio e, neste ano, para evitar o contato físico, as cinzas foram distribuídas sobre a cabeça dos fiéis. O ato também convida os fiéis a crerem no evangelho.
Durante a homilia Dom Francisco salientou que esta Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) “é um momento rico para todos nós, onde a fé e a Palavra de Deus nos convidam a caminhar juntos. Caminhar juntos não significa perder nossa identidade, ferir ou abrir mão da nossa doutrina”.
Segundo ele “quem tem dificuldade de dialogar é quem se sente ameaçado pelo outro. Se estamos certos e amadurecidos na nossa identidade, dos valores e princípios da nossa fé e doutrina, não precisamos agredir ninguém. Podemos nos unir nas ações comuns para viver em harmonia. Este é o lugar do ecumenismo”.
Para dom Francisco, o ecumenismo não se faz “trazendo um pastor para o presbitério ou levando os padres para outros templos”. E continua dizendo que “há diversas possibilidades de refletir e rezar juntos, em lugares neutros, buscando propostas de um agir conjunto como pessoas de boas vontade e cristãos que se unem para avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências, através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade“.
Finalizou dizendo que, “se fizermos bem e de forma orante este caminho da Palavra durante esta quaresma, chegaremos à Páscoa do Senhor mais amadurecidos e crescidos espiritualmente”.
Por Ascom