O Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), recebe de 19 a 28 de abril, os 326 bispos ativos e parte dos 157 bispos eméritos para a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cuja temática principal estará voltada à avaliação global da caminhada da CNBB.
Com a característica de ser também eletiva, neste ano, o episcopado brasileiro vai eleger, para o próximo quadriênio 2023-2026, os novos quatro membros para compor a presidência da CNBB; a presidência de cada uma de suas 12 comissões; dois representantes para o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e dois delegados para o Sínodo 2023.

Na programação constam 22 temas prioritários e diversos que serão objetos de reflexão e encaminhamentos pelos cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores nas sessões da 60ª Assembleia Geral da CNBB.
Dom Francisco Cota está participando ativamente de todas as atividades juntamente com a quase totalidade dos (arce)bispos brasileiros, para refletir, rezar e definir questões importantes da Igreja no Brasil.
A Abertura
O núncio apostólico, dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco no Brasil, abriu a assembleia com uma saudação em nome do romano pontífice. “O Papa Francisco reza por este importante momento de encontro e unidade”, garantiu dom Giambattista, que convidou os bispos a consolidar, desenvolver e fortalecer a comunhão da Igreja para a qual o Espírito Santo os consagrou, e o caminho da sinodalidade.
“Expressem a unidade da Igreja”, exortou o núncio, “unidade que não é a adição de números, mas a inserção vital com conhecimento e amor num organismo animado pela graça.” “Nas suas mentes e corações de pastores, o Senhor coloque este carisma, esta responsabilidade e este dom”, reiterou.
A experiência sinodal vivida pela Igreja no Brasil em resposta aos apelos do Papa Francisco também foi citada por dom Giambattista, que continuou a encorajar os bispos a serem inspiradores, guias e testemunhas do itinerário sinodal. “Juntos, pela comunhão, que é a expressão mais elevada, mais necessária e mais significativa da Igreja”, apontou.

Acolhida e comunhão
Dando eco à fala do núncio apostólico, o arcebispo de Belo Horizionte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, acolheu os participantes da assembleia, desejando que este seja um momento de comunhão. “O Senhor mostra que Ele é a fonte de comunhão. Portanto, seja esta assembleia, orante, pastoral e permita dar novos passos”, disse.
Balanço do quadriênio 2019-2023
Ao desfazer a mesa de abertura, o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, convidou os bispos a se voltarem à imagem de Nossa Senhora Aparecida cantando e pedindo sua bênção.
A seguir foi apresentado da Presidência da CNBB 2019-2023 para os anos de 2019-2023. Referindo-se ao Papa Francisco, dom Walmor falou do quadriênio como uma travessia em meio à tempestade, um dos períodos mais difíceis do Brasil, tanto no que diz respeito à polarização política que atravessa o país quanto à pandemia da covid-19. “O Senhor interpela-nos, no meio da tempestade, a buscar esperança. Portanto, a CNBB foi meio que um barco no meio dessa difícil travessia, e foi isso que fizemos”, falou o presidente.
Texto: Juliana Mastelini, assessora de comunicação de arquidiocese de Londrina (PR) por Ascom Diocesana