Manifestamos nossa alegria, pela qual no dia 05 desse mês de maio, com as graças de Deus, pôde ser realizada pelos missionários, membros da Pastoral Carcerária, presença da Igreja no cárcere a visita de Páscoa no presídio de Sete Lagoas. Visita esta que não aconteceu nos últimos dois anos devido ao isolamento da pandemia do Covid 19. “Estava na prisão e foste me visitar” Mt 25, 36. Essa visita é muito esperada pelos irmãos presos por ser um pouco diferente das outras visitas que acontecem semanalmente. Por ocasião da celebração da Semana Santa, também chamada semana Maior, a Páscoa do Senhor, vitória sobre o pecado e a morte, tem todo um clima especial, são entregues bombons aos presos e profissionais do Presido, que é recebido com muito carinho e tem grande significado para eles.
A celebração da Páscoa, “Pois é a Páscoa, isto é, passagem do SENHOR”. Ex 12,11 é rito memorial que a Igreja celebra todos os anos, “Este dia será para vós um memorial em honra do SENHOR, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua. ” Ex 12,14, é celebrada a Paixão Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Novo Cordeiro Pascal entregue por nós na Cruz, derramando todo seu Sangue, para remissão do pecado, não mais o sangue de animais sacrificados.
Celebrar a Páscoa é celebrar a Vitória de Cristo, a nossa vitória. Podemos cantar o Aleluia. Cristo está Vivo em nosso meio! Aleluia! Ao celebrar a Páscoa, a Igreja além de fazer memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, celebrada em cada Santa Missa, veem também nos dar pela Palavra e pela Eucaristia o Deus único, que vê, ouve o grito, o clamor do seu povo, como fez ao povo escravo no Egito. “O SENHOR lhe disse: Eu vi a opressão de meu povo no Egito, ouvi o grito de aflição diante dos opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos. Desci para libertá-los das mãos dos egípcios e fazê-los sair desse país para uma terra boa e espaçosa, terra onde corre leite e mel: ” Ex, 3, 7-8.
É com essa certeza, que a Boa Nova do Evangelho, é para todos, “Ide, pois, fazer discípulos entre todos os povos, e batizai-os em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos”. Mt 28,18-20, que a Igreja presente no cárcere pelo nosso Bispo diocesano e Padres, missionários, membros da Pastoral Carcerária cumpra essa Ordem do Mestre Jesus, fazendo chegar também àqueles que por algum motivo cometeram delitos, desviaram ou talvez nem mesmo experimentaram da Boa Nova do Evangelho. E como diz o apostolo São Paulo: “Por Ele, eu tenho sofrido até ser acorrentado como um malfeitor. Mas a palavra de Deus não está acorrentada”. Fazendo uso também da palavra do nosso Bispo Dom Francisco Cota, em uma reunião com os membros da Pastoral Carcerária, disse ele: “A palavra de Deus por si só é viva, levá-la é torná-la viva duas vezes”. O trabalho de evangelização por meio da Pastoral Carcerária aos irmãos presos, não é de modo algum um trabalho desnecessário, perda de tempo como muitos pensam, mas sim, tem propósito de proporcionar ao preso a oportunidade de reintegrar à sociedade como cidadão, cidadã. Neste sentido, é um trabalho dedicado não apenas ao preso, mas à toda sociedade. Poderá esta, ter uma nova pessoa na sociedade e não mais um delinquente como são qualificados.
Agradecemos ao nosso querido diretor espiritual, Padre Luiz Fernando, nosso querido Bispo Dom Francisco Cota pelo apoio. Somos Igreja, precisamos da Igreja, queremos estar com a Igreja, e nunca sem Ela.
Confiemos sempre na intercessão de São Dimas, patrono da Pastoral Carcerária e da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa, neste mês de maio a Ela dedicada, de modo especial sob o título de “Auxilio dos Cristãos”, intitulada pelo Papa Pio VII em ocasião da libertação do cativeiro ocorrido no dia 24 de maio de 1814. Nossa Senhora, rogai por nós! Que Jesus nos liberte de todas escravidões.
Gilson Lopes, membro da Pastoral Carcerária Diocese Sete Lagoas.