Romaria das Águas na cidade de Pompéu

27 de janeiro

No dia 26 de janeiro de 2025, em Pompéu, aconteceu a Romaria das Águas com a celebração da missa na comunidade rural Novilha Brava, em memória ao 6º ano do desastre-crime da Vale, em Brumadinho.

O bispo diocesano e presidente da Comissão Ecologia Integral e Mineração do Regional Leste II, Dom Francisco Cota, chegou pela manhã e foi acolhido pela equipe de organização da Paróquia São José Operário, que o conduziu aos anfitriões Dona Dalva e Senhor Joaquim (Zote).

Dom Francisco conheceu o casarão, que ainda conserva o assoalho de tábua corrida, e recordou sua infância, contando muitas histórias e compartilhando ensinamentos sobre arquitetura histórica e “causos” antigos. Participou do café partilhado com os presentes e seguiu para o rio Paraopeba, esbanjando disposição e entusiasmo.

Juntamente com o pároco Flávio Antônio, paroquianos, representantes da Caritas, ribeirinhos atingidos pela poluição do rio e autoridades municipais, Dom Francisco acolheu a imagem de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja, às margens do Rio Paraopeba, que foi trazida pelos freis franciscanos Pedro e Rodrigo.

A imagem embarcada, à margem do rio, realizou o trajeto guiada por bombeiros voluntários de Sete Lagoas, abençoando todo o leito, enquanto a população cantava e rezava aguardando o seu retorno.

Ao ser retirada do barco, os paroquianos presentes cantaram a oração de São Francisco, pedindo a preservação da natureza e clamando para que o rio volte a ser fonte de vida para o povo ribeirinho.

Dom Francisco Cota explicou sobre a Ecologia Integral e a importância da Casa Comum. Agradeceu ao padre Flávio pelo empenho de toda a sua paróquia na organização do evento, que estava muito bem organizado e bonito.

Padre Flávio agradeceu a presença de todos e passou a palavra para Suenne Campos (Coordenadora de Pastorais), que explicou que a muda que seria plantada naquele momento era de um Ipê Branco. Essa árvore simboliza pureza, paz, renovação e serenidade, e foi retirada do Horto Municipal, onde há uma grande variedade de mudas nativas do cerrado e frutíferas. Ela convidou a todos a fazerem uma visita ao horto e retirar pelo menos uma muda para plantio. Ainda sobre o Ipê Branco, Suenne ressaltou que ele é considerado uma das árvores símbolo do Brasil, representando a diversidade e a exuberância da flora brasileira. Após o plantio da árvore, seguiram para a fazenda dos anfitriões (Senhor Zote e Dona Dalva), onde uma multidão de fiéis já tomava conta de todo o pátio, aguardando a chegada da imagem de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja para a celebração da missa.

Os organizadores do evento contabilizaram uma média de 550 a 600 pessoas das comunidades rurais vizinhas: Pompéu, Pequi, Sete Lagoas, Contagem, Curvelo, Uberlândia e Belo Horizonte.

Enquanto os celebrantes se refrescavam e se preparavam para o início da Santa Missa, o cerimonial iniciou os agradecimentos às autoridades políticas e de segurança presentes, e de modo especial, a todas as comunidades rurais participantes.

A Santa Missa, presidida pelo Bispo Dom Francisco Cota, teve como concelebrantes: Padre Flávio Antônio (Paróquia São José Operário – Pompéu), Padre Lucas Vinícius (Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Pompéu) e Padre João Francisco (Paróquia Santo Antônio – Pequi).

Dom Francisco destacou em sua homilia o crime cometido contra o meio ambiente e a necessidade de cuidarmos das nossas ações, visto que o calor que estávamos sentindo naquela ocasião era reflexo do aquecimento global. Ao final da celebração, Frei Rodrigo fez a oração da Campanha da Fraternidade 2025.

Após a missa, foi servido um delicioso almoço embaixo dos pés de jabuticaba e manga, em um ambiente acolhedor e propício, de muita harmonia, troca de experiências e bênçãos pela intercessão de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja, encerrando assim as atividades propostas.